DeepSeekilitis: IA e a nova era dos data centers

DeepSeekilitis: IA e a nova era dos data centers

A estreia do DeepSeekilitis (ou simplesmente “DeepSeek”), com promessas de processamento de IA mais eficiente e menos dispendioso, está sacudindo o mercado de tecnologia. Enquanto alguns temem uma desaceleração nos gastos com IA — como sugerem as quedas recentes nas ações de gigantes dos EUA — muitos especialistas apontam para o crescimento contínuo da demanda por data centers, graças à acessibilidade crescente da IA e à expansão de usos que vão desde aprendizado massivo até inferências em tempo real.


1. Custos menores, adoção maior

O DeepSeek tem sido apontado como um modelo de IA que combina potência e otimização de forma inédita. A reação inicial do mercado financeiro (com quedas em ações de tecnologia e empresas de energia) reflete incertezas sobre investimentos massivos na infraestrutura necessária. Ainda assim, especialistas como Mitch Lenzi (Baxtel) e Sean Farney (JLL) ressaltam o mesmo ponto: se o DeepSeek realmente reduz os custos e a complexidade de treinar e implantar modelos de IA, mais empresas vão entrar no jogo, impulsionando ainda mais a necessidade de data centers.

“A inovação na IA não reduz a procura — alimenta-a”, diz Lenzi, prevendo uma demanda crescente por infraestrutura de alta performance.

2. Reestruturação do mercado de data centers

2.1 De olho em GPU e densidade de energia

Os data centers focados em cargas de IA (especialmente aqueles baseados em GPU) já são o segmento que mais cresce. Farney observa um crescimento anual composto de quase 40% — bem acima dos 20% em data centers tradicionais. Essa disparidade tende a aumentar com tecnologias cada vez mais acessíveis como o DeepSeek.

2.2 Ajuste no desenho dos projetos

John Dinsdale (Synergy Research Group) lembra que a IA generativa levou os data centers a repensar refrigeração, distribuição de energia e infraestrutura de rede. Se o DeepSeek (ou iniciativas semelhantes) reduzir drasticamente a densidade de potência necessária, isso pode significar uma reversão a modelos de projeto pré-GenAI. No entanto, qualquer queda no custo de processar IA geralmente estimula o surgimento de novos serviços e casos de uso, aumentando o tráfego e a intensidade computacional.


3. Hibridismo: grandes hubs + edge

À medida que os modelos de IA ganham espaço, duas áreas se destacam:

  1. Treinamento massivo: exige instalações hiperescalares, com grande concentração de GPUs e altíssima densidade de energia.
  2. Inferência distribuída: quando um modelo treinado precisa responder em tempo real (ou próximo disso), a latência se torna crucial, favorecendo data centers menores e mais próximos dos usuários (edge).
“Podemos acabar cobrindo o mundo com pequenos data centers de 1 ou 2 MW dedicados a tarefas de IA”, diz Farney, reforçando um cenário em que hubs monolíticos e instalações de borda coexistem.

4. Descentralização de dados: outro vetor de crescimento

Alguns especialistas, como Phil Mataras (AR.IO) e Kai Wawrzinek (Impossible Cloud Network), veem na descentralização de dados a única forma de lidar com a explosão de demandas de armazenamento e processamento. Se a IA tornar-se onipresente (em diferentes dispositivos, aplicações e fluxos de trabalho), concentrar todos os dados em uma única localização poderia se tornar inviável — até para grandes provedores.

  • Armazenamento escalável: soluções distribuídas lidam melhor com a expansão, mantendo custo e latência sob controle.
  • Menor gargalo energético: redes distribuídas podem se beneficiar de múltiplas fontes de energia renovável e otimizar o uso de energia em larga escala.

5. Uma nova onda de crescimento impulsionada pela IA

No fim das contas, a maior lição trazida pelo DeepSeek é a de que modelos mais eficientes não significam diminuição na construção de data centers; ao contrário, facilitam a adoção de IA por uma ampla gama de empresas. Assim, o provável cenário é de mais demanda, maior diversidade de arquiteturas (desde mega hubs até edge centers) e crescente pressão por soluções de armazenamento e distribuição de dados cada vez mais ágeis.

“É uma maré crescente que levanta todos os barcos”, resume Farney, indicando que tecnologias inovadoras motivam competição, redução de custos e, ao mesmo tempo, ampliam o tamanho do mercado.

Nós, da SpeedCloud, acompanhamos de perto os avanços em IA e entendemos que eficiência não anula expansão. Se você deseja preparar seu negócio para lidar com modelagem pesada e inferências de baixa latência, é fundamental investir em:

  1. Planejamento híbrido: combinar colocation em data centers de alta densidade com estruturas de borda estratégicas, garantindo desempenho.
  2. Redundância e escalabilidade: descentralizar o armazenamento e distribuir cargas de trabalho para evitar gargalos.
  3. Acompanhamento ativo de inovações: fique atento a novos modelos, como o DeepSeek, que podem mudar rapidamente o mapa de investimentos em infraestrutura.

Com boa arquitetura e parcerias sólidas, a chegada de modelos mais baratos e eficientes será uma oportunidade para elevar suas operações de IA a um novo patamar, em vez de um empecilho. Se precisar de suporte nesse processo, conte conosco na SpeedCloud!

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